
“A história é a passagem da consciência de uma geração a outra geração.”
Em 1948, a população de Itaim recebeu a desagradável notícia de que a "praça Um", atual praça Silva Teles, havia sido colocado à venda pelo antigo proprietário do loteamento Doutor Goffredo Teixeira da Silva Telles e que a transação já havia acontecido. e o Sr. Silvio Mamprim, antigo morador do bairro. Imediatamente se organizou para elaborar um documento de protesto e repúdio ao fato, com duzentas assinaturas, para enviar ao responsável pela odiosa iniciativa. O documento representava o descontentamento e a indignação dos moradores de Itaim por essa impensada atitude.
Este acontecimento, a venda da única praça do bairro, fez o povo sentir que deveria se organizar em torno de objetivos comuns e lutar por seus direitos. A Praça Silva Teles está localizada na Avenida Marechal Tito, altura do número 4700, no Itaim Paulista
Em 1949, quando um grupo de moradores se reuniu para elaborar um abaixo-assinado protestando contra a venda de um bem público. A única praça existente no bairro.
Com a vitória alcançada na primeira manifestação popular, os moradores entenderam que, juntos, poderiam alcançar novos ganhos. Organizaram-se e fundaram uma entidade com o nome de “Sociedade Amigos de Itaim”, em março de 1952, esta organização tornar-se-ia, a porta voz da comunidade.
As primeiras solicitações encaminhadas para o poder público através da Sociedade foram: a construção de um prédio Escolar, um Posto de Puericultura, a instalação de uma Agência do Correio, um Posto de Saúde, um Telefone Público. Cada pedido era acompanhado da justificativa de que o bairro estava habitado por mais de 8.000 mil famílias e que a população, quando necessitava desses serviços, tinha que se locomover até São Miguel Paulista, lugar mais próximo da localidade e com distância apreciável.

"Itaim" é um nome de origem tupi: significa "pedrinha", pela junção de itá (pedra) e im (diminutivo).
Itaim Paulista é um bairro localizado na zona leste de São Paulo, atualmente com 358 mil habitantes, foi fundado entre 1610 e 1611 pelo bandeirante Domingos de Góes.
a região era conhecida por Itaim (pedra pequena em Tupi) e, depois, recebeu o segundo nome "Paulista", para diferenciar da região do Itaim Bibi.
Na década de quarenta, na margem esquerda do rio Tietê, já era grande o número de proprietários de chácaras no bairro. A maioria tinha origem européia: sérvios, portugueses, espanhóis, italianos, húngaros, polacos e outros. Em 1948 vieram os primeiros japoneses. Além de usar as chácaras como local de lazer nos finais de semana, alguns destes proprietários mantinham nelas o cultivo de flores, vinhas, pomar diversificado, pequena pecuária leiteira, legumes e hortaliças, que serviam para o consumo próprio e também para ser comercializadas no mercado central da rua Cantareira.
Mais tarde, chegaram os migrantes nordestinos que até hoje predominam.
